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Arritmia Cardíaca pode surgir na infância

  • amhs00
  • 19 de mai. de 2014
  • 3 min de leitura

arritmia cardíaca

Ao contrário do que se imagina, algumas doenças do coração podem apresentar sinais ainda na infância. É o caso da arritmia cardíaca, que pode surgir logo após o nascimento. O diagnóstico nem sempre é fácil.

O recém-nascido, por exemplo, tem um batimento cardíaco normalmente acelerado, com cerca de 120 a 140 batidas por minuto.

Os casos de arritmias em bebês podem ocorrer por causas congênitas ou por estar associado a uma cirurgia cardíaca feita para corrigir estes problemas. Existem cardiopediatras que são especialistas em arritmia, uma sub-especialidade que está surgindo.

"A investigação é muito importante”, diz o especialista do Núcleo de Cardiologia do Hospital Samaritano de São Paulo, Bruno Bueno. Não à toa, no próximo dia 12 de novembro se comemora o Dia Nacional de Prevenção das Arritmias Cardíacas e Morte Súbita. A data foi criada para chamar a atenção das pessoas sobre o problema.

Segundo Bueno, as arritmias cardíacas se caracterizam por qualquer descompasso no ritmo do coração, como um batimento errado, por exemplo. É preciso estar atento para não confundir os sintomas com o de uma taquicardia. Ele lembra que o sintoma mais frequente da arritmia é a palpitação, uma sensação de batida rápida do coração. Se bater mais de 120 vezes por minuto, pode ser sinal de uma taquicardia.

Mas se a pessoa acabou de realizar um exercício físico, esse batimento provavelmente é normal e esperado. Em geral, o paciente se queixa de uma batida muito acelerada, como se o coração estivesse batendo no pescoço. Mas tem também aquele que sente um descompasso, como se estivesse faltando uma batida. Outros sintomas são falta de ar, cansaço físico anormal, tontura e desmaio.

Os casos que chamam a atenção e requerem cuidado redobrado são os de pacientes que apresentam desmaio durante uma atividade física aeróbica, como uma partida de futebol, e aqueles que têm desmaios muito rápidos, sem aviso, causando até mesmo traumas no rosto e fraturas na queda.

“Estes casos podem estar relacionados a arritmias mais graves, inclusive com risco de morte súbita”, alerta o médico do Núcleo de Cardiologia do hospital.

Agravantes: uma série de fatores influencia para o aparecimento da arritmia, tais como problemas de diabetes, pressão alta, infarto, colesterol, entre outras doenças. As de origem genéticas são raras. É mais comum surgir na adolescência ou no adulto jovem. A fibrilação atrial é um tipo de arritmia que aparece com o avanço da idade. Sua incidência é maior nos homens.

A hipertensão, a obesidade, o tabagismo, o diabetes, o estresse e a prática excessiva de esportes sem orientação contribuem para o surgimento da doença.

O diagnóstico pode ser feito por meio de exames de rotina, como o teste ergométrico, o eletrocardiograma e o holter de 24 horas.

Nos atletas que apresentam arritmia, é necessária uma supervisão da atividade física para não causar uma modificação no coração, o chamado coração do atleta.

“Para estes casos, diminui-se a intensidade das atividades físicas, porque o seu exagero – na tentativa de ficar saudável - pode levar a uma doença que não existia”.

Tratamento: a boa notícia é que a arritmia pode ter cura. O tratamento é a ablação por um cateter, um procedimento invasivo não cirúrgico e indolor. O paciente é sedado e o médico introduz um cateter pela veia da perna até chegar ao coração. No local, são aplicadas ondas de calor, por meio da radiofrequência, eliminando-se o foco da arritmia.

 
 
 

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