Entenda a queda de cabelos.
- amhs00
- 20 de mai. de 2014
- 3 min de leitura

A perda de cabelos é cientificamente chamada de alopecia e, independentemente da causa, torna-se um transtorno estético tanto para homens como para mulheres. “Quanto mais cedo o problema for tratado, melhor será o resultado”, destaca a dra. Ivette Pasquier M. de Haquin, dermatologista do Hospital Samaritano. O pelo tem a função de proteger contra traumas, frio, calor e radiações ultravioletas e dar sensibilidade tátil.
“Os cabelos e os pelos das narinas, dos condutos auditivos, as sobrancelhas e os cílios, além de servirem de proteção, têm ainda uma importância estética”, observa a dermatologista. A diminuição da quantidade de pelos é denominada hipotricosis.
“Normalmente, uma pessoa perde 100 fios de cabelo por dia. A queda é considerada excessiva quando chega a mais de 200 fios por dia (observados em roupas, nos travesseiros, durante o banho etc)”, afirma a dra. Ivette. O crescimento é mais rápido nas mulheres do que nos homens – em média 1 mm a cada três dias e 1 cm ao mês. Geralmente, a causa da queda de cabelos é de origem hormonal ou genética. Fatores nutricionais, ambientais, emocionais e sistêmicos também podem interferir no ciclo piloso.
As alopecias podem ser classificadas como cicatriciais ou não cicatriciais, congênitas ou adquiridas, difusas ou localizadas. A alopecia cicatricial ocorre devido à malformação, agressão ou destruição dos folículos pilosos, seguida de cicatriz ou atrofia. “É irreversível, uma vez que não há mais crescimento de pelos”, alerta dra. Ivette. Pode aparecer como sequela de traumatismos, queimaduras, radio dermite, intervenções cirúrgicas, infecções, fungos ou micoses, tumores etc.
A alopecia não cicatricial é a perda de cabelos sem evidência de cicatriz, e pode ser reversível. Os principais tipos são:
alopecia areata: afecção associada a outras doenças como síndrome de down, doença tireoidiana, hipertensão, vitiligo, artrite reumatoide e colite ulcerativa, entre outras, que atinge o couro cabeludo, a barba e as sobrancelhas de indivíduos geneticamente predispostos e pode ser desencadeada por estresse.
alopecia androgenética: (calvície, mais frequente no homem do que na mulher - nesta por causas como ovários polimicrocísticos ou problemas supra-renais - também afeta pessoas geneticamente predispostas).
eflúvio telógeno: (queda excessiva de cabelos que dura menos de seis meses). Existe ainda a alopecia traumática, a cosmética (causada por uso abusivo de cosméticos), a por atrito e a por arrancamento (tricolomania e tricofagia – quando o paciente come o cabelo).
Os tratamentos podem ser medicamentosos, cirúrgicos, nutricionais e até mesmo psicológicos. Dependem do diagnóstico correto, feito por um dermatologista, porque variam de acordo com a causa, a classificação e a extensão da queda de cabelos e o estado do paciente.
Mitos e verdades
É verdade que:
o uso frequente de produtos químicos para tingir os cabelos pode afetar a haste (parte livre) dos fios, levando a perda de brilho e resistência.
já existe tratamento com resultados significativos para interromper a queda dos cabelos, e até mesmo fazê-los crescer novamente, em casos de calvície genética.
é normal os cabelos caírem cerca de quatro meses após o parto (caso de eflúvio telógeno), voltando a crescer normalmente depois de algum tempo.
o tabagismo, estresse, uso de secador de cabelos, tinturas, capacetes, “permanente” e “chapinha” provocam queda de cabelos.
Não é verdade que:
Raspar os pelos faz com que fiquem mais grossos ou cresçam mais quanto mais se depila menos pelos crescem;
Usar boné ou condicionador faz os cabelos caírem, mas o uso excessivo pode agravar condições como a dermatite seborreica e favorecer a queda;
Lavar a cabeça todos os dias, não mais do que uma vez por dia, apodrece a raiz dos cabelos, levando à queda;
Cortar as pontas dá força aos cabelos;
Arrancar um fio de cabelo branco faz nascer dois no lugar.
Fonte: samaritano.com.br
Comments