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Reposição hormonal provoca dúvidas em pacientes.

  • amhs00
  • 20 de jun. de 2014
  • 3 min de leitura

reposição hormonal

Muita informação tem sido divulgada nos últimos anos sobre reposição hormonal, boa parte condenando essa terapia utilizada desde o fim da década de 60 por milhões de mulheres para amenizar os sintomas da pós-menopausa. A associação do tema aos riscos de derrame, câncer de mama, infarto, trombose e até asma grave vem provocando dúvidas, manifestadas nos consultórios pelas pacientes que fazem ou pensam em começar o tratamento.


As pacientes estão, atualmente, mais esclarecidas. Além disso, a expectativa de vida delas é maior, o que faz crescer o período em que sofrem com os sintomas da pós-menopausa”, observa dr. Ricardo Chazan Breitbarg, onco-ginecologista do Hospital Samaritano. “Como médico, procuro orientá-las, a terapia de reposição hormonal é válida desde que seja personalizada e feita com acompanhamento médico”.


No início de março de 2004, pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos interromperam um estudo, iniciado em 1997 com 11 mil mulheres, um ano antes da data prevista para a conclusão. O motivo: os riscos do tratamento com o hormônio estrógeno visando à prevenção de doenças cardiovasculares em pacientes na pós-menopausa – aumento de 40% no risco de derrame – ultrapassavam os limites de segurança.


Em 2002, outra pesquisa sobre o tema coordenada pelo governo americano, com participação de mais de 16 mil mulheres que tomavam uma combinação dos hormônios estrógeno e progesterona, foi cancelada devido ao crescimento das chances de adquirir câncer de mama, ter infarto, derrame e trombose. Em 2003, pesquisadores britânicos da Cancer Research UK, em Oxford, a partir de um estudo que envolveu mais de um milhão de mulheres britânicas, avaliando o impacto de diferentes tipos de reposição hormonal na incidência de câncer de mama, revelaram que a terapia pode dobrar o risco de desenvolverem a doença. Na ocasião, o Comitê Britânico sobre Segurança de Medicamentos afirmou que quando o uso da terapia de reposição hormonal é feito por pouco tempo os benefícios são maiores que os riscos.


Terapia é válida com acompanhamento médico

“Não se deve condenar a reposição hormonal, porque os benefícios – a melhora da qualidade de vida das mulheres e a prevenção da osteoporose – são muito maiores que os malefícios”, diz dr. Chazan.


O estrógeno, principal hormônio produzido pelo ovário, entre diversas outras ações nos tecidos do organismo – nos cabelos, na pele, nas unhas etc –, é responsável pelo espessamento do endométrio (a camada interna do útero). Depois da menopausa, quando o ovário para de produzir hormônios, surgem os sintomas: fogachos (ondas de calor), sudorese fria, cefaleia (dor de cabeça), insônia, formigamento nos membros, dor nas articulações, diminuição da lubrificação vaginal, osteoporose, instabilidade de humor, depressão e irritabilidade, entre outros.


A reposição hormonal pode ser feita apenas com estrógeno ou com estrógeno e progesterona contínua ou sequencial (a cada três meses), sempre com orientação médica e maior frequência de consultas ao ginecologista, de preferência a cada seis meses. O tipo de terapia de reposição hormonal adotado para cada paciente depende dos antecedentes familiares de câncer, da sintomatologia e se a paciente tem ou não útero. A progesterona entra na terapia para proteger o endométrio da ação do estrógeno caso a paciente não tenha passado por histerectomia (retirada do útero).


Segundo o ginecologista, não podem fazer terapia de reposição hormonal mulheres que tiveram fenômenos tromboembólicos, como varizes acentuadas, por exemplo, e tumores hormônio-dependentes (câncer de mama e de endométrio).

Como alternativa contra os sintomas da pós-menopausa fala-se muito do advento da isoflavona, um derivado da soja que ajuda a melhorar os calores e não é reposição hormonal. De acordo com dr. Chazan, não há opção natural cientificamente comprovada que substitua a reposição hormonal.


 
 
 

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