Doença de Crohn: como reconhecer o problema?
- amhs00
- 16 de fev. de 2016
- 3 min de leitura

Um dos sintomas mais comuns dessa inflamação crônica é a dor abdominal.
Quantas vezes você já ouviu alguém reclamar de dor no abdômen nos últimos meses? Dores abdominais são geralmente referidas como dor de barriga ou dor de estômago e podem ser sentidas em toda a região que fica entre o tórax e as virilhas e apontar para diversas doenças.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) a dor em geral atinge 30% da população mundial. No Brasil, os índices de prevalência de dores crônicas, ou seja, aquelas que conceitualmente persistem por mais de três meses, também são altos. Segundo a Sociedade Brasileira de Estudos para a Dor (SBED) o percentual de pessoas afetadas é de 15% a 40%.
Porém, quando é possível reconhecer que uma dor abdominal persistente pode indicar a doença de Crohn? Saiba mais a seguir.
Quais são os principais sintomas da doença de Crohn?
A doença de Crohn é uma inflamação crônica que pode afetar qualquer parte do aparelho digestivo, desde a boca até o ânus. O problema, que faz parte do grupo de Doenças Inflamatórias Intestinais (DII), atinge, principalmente, o íleo (parte final do intestino delgado) e o cólon (segmento do intestino grosso).
A dor abdominal, um dos principais sintomas, geralmente vem acompanhada de diarreia e perda de peso. A febre, presença de sangue nas fezes, lesões na pele e inflamações oculares completam os sintomas, assim como as dores articulares (dores nas juntas) e a falta de apetite.
Em sua forma leve frequentemente o paciente não sente dores ou diarreia, por isso é imprescindível que nenhum dos sinais seja ignorado. O auxílio médico ajudará no diagnóstico correto e evitará que a doença seja confundida com uma infecção intestinal simples ou outras enfermidades.
Como evitar?
As causas da doença de Crohn ainda não são conhecidas. Algumas hipóteses levam a crer que o problema seja provocado pela desregulação do sistema imunológico, ou seja, do sistema de defesa do organismo. No entanto, sabe-se que algumas medidas simples podem ajudar a prevenir as crises. São elas:
Pessoas em qualquer faixa etária podem ser afetadas pela doença, mas a incidência costuma ser maior entre os 20 e 40 anos e mais alta entre os fumantes.
Controlar o peso;
Seguir uma dieta balanceada;
Identificar os alimentos que te fazem mal e reduzir a ingestão de alimentos de origem animal e ricos em fibra;
Praticar atividades físicas moderadas;
Beber muita água;
Não fumar;
Não ficar grandes períodos sem comer;
Ingerir alimentos que contenham muito ferro e vitaminas;
Evitar situações de estresse;
Conferir o aspecto das fezes sempre que utilizar o banheiro.
Como tratar?
Ainda não há cura para a doença de Crohn, mas é possível mantê-la sob controle. Anti-inflamatórios específicos para a mucosa intestinal, antibióticos, corticoides, imunossupressores e mais recentemente os agentes biológicos ou anti-TNF podem ser prescritos para o tratamento.
Se essas ações não forem suficientes para o controle dos sintomas ou se existir alguma complicação, como a obstrução intestinal intestinal ou fístulas, pode ser indicado ao paciente uma intervenção cirúrgica.
Considerada um fator de risco para o câncer de intestino, a doença de Crohn ainda pode resultar em uma série de dificuldades em sua forma mais severa, como as obstruções intestinais e o surgimento de fístulas em regiões próximas da bexiga, vagina, reto / ânus ou da parede abdominal.
Em São Paulo, o Hospital Samaritano oferece um atendimento global ao paciente que sofre de doenças gastrointestinais, além de tratamento de ponta, por meio do Núcleo de Gastroenterologia. Com equipe multiprofissional altamente qualificada e estrutura completa, o hospital é capaz de realizar desde procedimentos simples até os mais complexos, como tratamento de câncer e transplante de fígado.
Fonte: samaritano.com.br
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