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Refluxo: um problema que vai e volta.


refluxo
Fazer os exames adequados ajuda a detectar o problema com mais rapidez e avalia a gravidade da doença.

O refluxo gástrico é um problema muito comum em crianças e até mesmo em adultos. Estima-se que 45% da população relate, ao menos, a ocorrência de um episódio de sintomas de refluxo por mês.

Uma das principais características da doença é o mau funcionamento do músculo esfíncter. Esse músculo separa o esôfago do estômago, permitindo o retorno do alimento, líquido e suco gástrico, o que causa a queimação e a sensação de refluxo.

Além dos sintomas clássicos, em alguns casos o paciente pode desenvolver dor torácica, pigarro, tosse crônica, rouquidão, asma, sinusite e pneumonia.

Assim como em pacientes que sofrem com azia e gastrite, a alimentação é fator importante para auxiliar no cuidado do refluxo.

Alimentos ricos em gordura, bebidas com cafeína, como café, chá, guaraná e refrigerantes em geral devem ser evitados. “Outro fator que ajuda a piorar o quadro de refluxo é o fumo. Pacientes fumantes devem cessar o vício, pois ele é fator agravante na condição do paciente em tratamento”, explica o especialista do Núcleo de Gastroenterologia do Hospital Samaritano de São Paulo, Paulo Roberto Corsi.

Diagnóstico da doença

Realizado por meio do quadro clínico e de endoscopia, sendo que em alguns casos são necessários outros exames complementares, como pHmetria, para ver a quantidade de ácido que retorna do estômago para o esôfago, e a esofagomanometria, que avalia o funcionamento do esôfago.

“O exame é de extrema importância para a detecção do problema e para avaliar a gravidade do quadro, assim o profissional poderá indicar um tratamento adequado para melhorar a qualidade de vida do paciente e, eventualmente, curá-lo em um prazo mais curto”, diz Paulo Corsi.

Tratamento

Segundo o médico, o tratamento cirúrgico para o refluxo apresenta resultado permanente e tem alto índice de cura. A cirurgia é feita por videolaparoscopia e não tem restrição de idade.

“O tratamento cirúrgico do refluxo gastroesofágico e da hérnia de hiato esofágico visa corrigir o defeito do diafragma quando presente e reconstituir a função do esfíncter, com o envolvimento do esôfago e uma parte do estômago. É uma cirurgia simples, com anestesia geral e necessita de um dia de internação e com resultados muito bons”, afirma.

Além da cirurgia, o paciente também pode ser tratado com medicamentos para reduzir a produção de ácido pelo estômago e para acelerar a passagem da comida do estômago para o intestino, reduzindo a chance do alimento voltar para o esôfago.

“Mesmo com o tratamento medicamentoso, o paciente precisa de um acompanhamento e reavaliar seus hábitos, principalmente alimentares, para conseguir melhores resultados a longo prazo”, conclui Corsi.

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